domingo, 31 de janeiro de 2010

Homem Invisível

Acorda cedo para trabalhar,
Engole rápido um pão amanhecido.
Corre para o ônibus abarrotado,
De gente espremida e escapando pelas janelas.


Num emprego comum entre milhares,
Faz tudo igual dia após dia.
Almoça numa marmita empobrecida
Pensando em quando as coisas haveriam de mudar.


Volta para casa quando tudo já está escuro,
Cheirando suor, quebrado e cansado.
Janta algo estranho e grudento.
Dorme e ronca em frente à televisão.


Depois do pagamento nas ruas lotadas,
pensa: Eu mereço, hoje vou gastar!
Loja após loja volta triste e cansado,
Com as mãos vazia sem nada comprar.


Fim de semana no futebol,
Na multidão grita como louco.
Rí, chora, chinga e briga.
Acaba num bar, bebe e vai dormir.


Um dia morre num canto qualquer.
Quem era? Porque? Ninguém quer saber.
Falta não fez nem vai fazer,
Desaparecendo sem nunca ter aparecido. Invisivel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário