sábado, 13 de novembro de 2010

Longe

Longe de vc eu não vivo,
Longe de vc eu não sobrevivo.


É tão grande a distância,
E a gente as vezes aumenta mais.


Loge de mim vc não vive,
Longe de mim vc não sobrevive.


Longe de nós não pode haver,
Porque morreremos tentando chegar.


Longe,
Eu não pedi isso.


Longe,
Vc nunca quis isso.


Mas estamos longe,
E temos que nos reencontrar.


Porém é longe,
Vai doer, vai cansar.


Alguém vence no final,
Nós ou a distância.


Longe,
Eu te vejo aqui.


Longe,
Eu te sinto comigo.


Longe,
Longe

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quem matou Papai Noel?

Nesta época, sempre recoloco esse texto pois acho muito interessante. É de autoria do meu amigo Sid ( http://sidbrazil.blogspot.com )



Quem Matou o Papai Noel?
um texto de Sid ViciouZ, resgatado dos arquivos da Opus666 (http://internettrash.com/users/opus666/)

Esse ano pensei num presente de natal legal prá minha mãe: Ficar arrumadinho e mauricinho no dia de Natal. Tipo cabelinho com gel, terno Armani, essas coisas....
Mas minha namorada, a Elektra, disse que seria mais fácil eu converter minha mãe em punk, dai, com essa "força" toda eu desisti.
Também ela podia assustar e bater pino...
Falando nisso, eu desejo a maior saúde a todos vocês nesse ano que vai vir.... porque do cemitério ou do hospital não deve dar prá acessar a internet, e dai o nosso contador de visitas ia ficar baixo.
Mas o problema maior é:
QUEM MATOU O PAPAI NOEL?
Do lado do prédio onde moro tem uma loja grande, tipo magazine, e tinha alí um papai noel, meio acabadão, barba mal colada e roupa surrada, que ficava como free-lancer alí na frente dando balinhas velhas e coletando o que quer que se quisesse dar prá ele... Isso foi no natal do ano passado....
Quando acordei dia 24, uma ressaca desgraçada, olhei pro espelho e disse: bem me quer, mal me quer.... ele respondeu: quem te quer? Espelho idiota, cuspi pasta de dentes nele e sai prá comprar diabo-verde prá dar um jeito no meu estomago, que estava meio revoltado.
Lá em baixo tinha um povo aglomerado na frente da loja e pensei: Liquidação de Natal? Mas tinha dois carros da policia e um do resgate, e a menos que a promoção fosse imperdivel, aquilo mostrava que algo estava errado. Juro que cheguei a pensar que de alguma forma eu tivesse culpa daquilo e estavam ali prá me pegar, mas dai tentei lembrar de algo errado que tinha feito, e não achei nada tão importante assim, dai fui lá no meio da zona ver o que era aquilo.
No chão tava o Papai Noel morto. Dois pedaços de chumbo na testa, um fio de sangue escorrendo pela sarjeta...
-Mataram o Papai Noel!
Afinal, quem quer um Papai Noel que peça presentes ao invés de dar?
Uma criança pequena com os olhos ramelentos escapou do cerco e foi lá com o pezinho cutucar o defunto, acho que prá ver se era real mesmo. Tomou uma dura do policial e sumiu no meio da multidão...
Problema sério esse, assassinaram o Papai Noel na véspera do natal....
Tinha tres zés ali perto, rindo e rindo, tirando sarro, cascando com a meia furada do Noel, escondida antes por um sapato que devia ter sido despachado pro além...
Tinha umas velhas numa tristeza simulada, cochichando umas com as outras, talvez felizes por terem fofoca pro fim do ano todo...
Tinha uns caras de terno comentando que era apenas um mendigo-noel, que devia ser passador de drogas, que devia ter encontrado o que procurara, e outras coisas mais que se costumam falar de pobres que se dão mal...
Do seu famoso saco de pano vermelho, o policial começou a tirar papel e mais papel....
O saco do Noel tava cheio de jornal velho para aparentar que continha algo de mais interessante... mas na verdade tinha apenas papel.... e mais papel.....
Me virei pro corpo, tipo prá indagar: mas então, não vai sair nenhum presente dai? mas ele já estava coberto com um plástico preto, e apenas se podia ver uma mão escapando lá debaixo, e nessa mão um anel...
-Seria casado o Papai Noel? Será que ele estava na merda porque tinha que pagar pensão alimenticia prá mamãe Noel e uma rempa de filhos?
Prá aumentar o mistério ainda podia ser que esse assassinato fosse uma conspiração dos anõezinhos que o acompanhavam, e possivelmente, dado a aparencia do chefe, não deviam receber salário a um tempão...
Tentei chegar mais perto mas dei de cara com um investigador nada amigável, que devia ser legal e alegre apenas torto de bêbado na virada do dia 25... e como não era o momento, e como eu detesto qualquer contato, até espiritual com polícia.... recuei. Tô fora.
Não tinha mais nada prá fazer alí, fui abrindo caminho prá sair no meio do povo, que inexplicavelmente continuava lá. Todos falando, sussurrando, rindo, todo mundo comentando o triste destino daquele que povoou nossos sonhos de criança... e agora ia povoar uma reles nota de fundo na página policial do jornal local e habitar uma cova rasa de indigente no cemitério do bairro.
Na esquina, quando a multidão já ficava longe, estava, sentada na sarjeta, a menininha que tinha cotucado com o pé o corpo do Noel. Eu olhei para o seu rosto e ela estava chorando. Silenciosamente, mas chorando. Era uma menininha de rua, e talvez chorasse por nunca ter recebido porra nenhuma do velho, e agora com ele morto, não ia receber nunca mais mesmo.
Talvez chorasse por ter percebido que aqueles sonhos, impossíveis, mas que viviam lá no fundo escondidos, apesar de toda a realidade nojenta das ruas, tinha morrido, e você sabe, não existe morte pior que a dos sonhos não realizados...
Não sei porque ela chorava, mas no curto e rápido momento que nossos olhos se cruzaram, cortou o ar a pergunta que com certeza lhe martelava a mente:
QUEM MATOU O PAPAI-NOEL?
por: Sid ViciouZ
para: Opus666

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Conquistas

Eu tive que te deixar para conquistar o mundo,
E era somente para tí.


Doeu, doeu demais,
Mas eu tinha que ir.


Ví e viví coisas indescritíveis,
Mas meu norte, para retornar era vc em minha alma.


Sabia que me esperava,
Sabia q entendia que queria um futuro melhor para nós dois.


Ninguém entra numa fogueira porque quer,
Fazia tudo por você, meu amor, minha mulher.


Vc me amou como nunca fui amado,
Te amei com todas minhas forças.


Mas ao voltar e ver o teu corpo inerte,
Meu mundo caiu.


Não, não podia ser justo.
Não, eu lutei em nome do nosso amor.


voltei vencedor, mas alí, naquele instante,
Entendi que havia perdido tudo.


Cerrei teus olhos,
Me fechei para a vida.


Haverá de haver um tempo,
Onde possamos nos reencontrar.


Amor, fica uma dor enorme aqui:
Porque vc não me esperou?


A gente podia até ir junto,
Para esse lugar.


Sei que minha falta te deixou assim,
Me desculpe.


Te encontro,
Logo ali.