quarta-feira, 9 de março de 2011

Cartas para uma Flor - VIII

Flor,
Minha Flor,
Meu grande e eterno amor.


Agora tudo já passou.
Nosso exército foi dizimado
No frio daquele lugar tão longe.


Só resistimos,
Pois sabiamos que não poderiamos
Vencer hordes tão grandes.


Quando ví o brilho do aço
Daquela espada sobre mim,
Achei q era o fim.


Mas não meu amor,
Era apenas o começo.
Tudo agora está claro.


Esta pode ser a última carta que te escrevo,
É difícil escrever daqui,
Mas consegui desta vez.


Eu posso ver o por do Sol no Japão,
E o nascer ai no Brasil.
Tudo ao mesmo tempo.


Tudo brilha,
Tudo é Luz,
Tudo é Paz.




Pena que não possa te contar muito,
Mas para um soldado cansado e sofrido,
isso é, e é: o Paraiso.


Não posso meu amor,
Ir ai.
Mas sei que um dia virá aqui.


Quando vier,
Estarei te esperando.
Só não tenha pressa.


Teu lugar está guardado,
Neste lugar,
E na minha alma.


O universo querida,
Escorre pelos meus dedos,
E se recompõe a seguir.


O tempo não existe neste lugar.
Tudo é agora,
Tudo é para a eternidade.


Te amo,
Em todas as possibilidades  temporais,
Em todos o sentidos da vida e do renascer.


Sabe aquele teu vestido florido?
Aquele q vc guarda para um dia usar?
Use amor. Use.