domingo, 17 de janeiro de 2010

Estrelas cadentes

Meu amor,
Hoje aqui, no final do meu tempo, estava a pensar...
O que vou deixar?
O que vai ficar?
Uma história bonita? Duvido.
Uma história sem rumo? Com certeza.
Mas... Do que sobrar... O que vai ficar? Nada.
Esse nada tão dolorido, que por sua própria ausência de ser, absorve e mata.
Queria deixar flores,
Queria deixar amor.
Queria deixar palavras que nem sei proferir.
Queria deixar uma marca, que não vou.
Queria deixar uma música, que nunca consegui compor.
Queria deixar um verso que nunca escrevi.
Queria pelo menos...
Deixar o sentimento,
Desse amor tão grande que sinto por você,
Mas que nunca consegui dizer.
Falar como se deve,
Mostrar como se mostra,
Provar,
Impor até...
Mas se fazer a certeza.
A certeza da vida,
A certeza do tempo,
A certeza do momento que é tão infinito que dura apenas um átimo de segundo.
A certeza que eu sinto e que nunca pude te fazer sentir.
A certeza do meu amor por você.


Ontem à noite, olhando pela janela, eu vi uma estrela cadente...
Como elas passam rápido né?
Quando percebi nem era mais.
Será que tudo tem que ser assim?

Um comentário:

  1. Hoje resolvi entrar para matar a saudade de seus poemas...e me esconder um pouco.
    bjs

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