quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Cartas para uma Flor - VII

Flor,
Te escrevo aqui,
Pois o momento parece ser o final.


Nosso exército, composto de homens maltrapilhos,
Não consegue muito mais.
Comemos nossos cavalos q morreram de sede e fome.


Estamos cercados pelo inimigo,
Eles tem armas, eles tem cavalos, eles tem tudo.
Nós não temos nada além de Deus.


Neste ano de 1716 DC, eu...
Acho q não sairemos vivos daqui.
Poderia fugir, mas nunca o faria e nem deixaria os meus.


Tentaram um acordo:
Rendição absoluta.
E meus soldados sob julgamento deles.


Nesse acordo meu amor,
Teria passe livre.
Desde que me casasse com  a filha do Imperador ou Rei daqui.


Nunca deixaria meus soldados,
Nunca me casaria por conveniências.
Disse não.


Ao anoitecer eles vão atacar.
Agora é tudo ou nada.
Mas vou tentar vencer. Eu sempre venci no final.


Porém meu amor,
Sei q vou perder muita gente,
E me dói na alma a vida de cada uma.


Se eu conseguir,
Se eu voltar,
Levarei todos eles como um peso enorme na minha consciência.


Eles,
Suas famílias,
Flor... me tira daqui.


Defendo o bem,
Mas o mal sabe como chicotear,
Minha vida, nossa vida e a dos meus.


Só te peço,
Pois não sei se saio daqui nesse mundo,
Que não esquecendo, quando chegar tua vez...


Tente,
Procure,
Me encontre.


Não nascemos para essa vida.
Mas há de haver,
Uma linda lá.


Beijos.
te amo

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