terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Papai Noel de Shopping - As desventuras de Daniel.



Foi tudo Culpa do Daniel.

Capítulo: Papai Noel de shopping.

(Essa história é real)

- Ae Dinho!
- Ae Daniel, blz?
- Não muito, precisava de um bico prá ajudar nas despesas lá de casa. O emprego só não ta dando.
- Nossa, mas agora época de natal é fácil pq..... (PLIM! Sabia como ajudar!).
- Pq vc parou a frase?
- Pq Daniel? Pq sei como te ajudar. Tenho uma idéia!
- Não.
- Vc nem ouviu.
- Sei q não vai prestar.
- Nada cara, essa é boa! Espera ai, me deixa confirmar. 

Liguei prá um amigo meu da administração de um shopping em Campinas.
- Ae Sinésio, blz? Já arranjou o cara q vc tava procurando?
- Não Dinho, ainda não. Temos uns currículos aqui e estamos....
- Eu tenho o cara (cortei). Pique os currículos. Vou te mandar o cara certo: o Daniel.
- Quem é essa porra de Daniel?
- Confia véio. É o cara perfeito para o emprego temporário.
- Então manda amanhã de manhã.

Desliguei o celular e o Daniel só tentando entender a ligação.
- Com quem vc falou? Que emprego é esse?
- Daniel, teus problemas estão resolvidos. Vc vai ser o Papai Noel do shopping.
- Nem fodendo.
- Para cara, só vai ficar lá fantasiado, ninguém vai saber q vc é vc e teu trabalho é receber as criancinhas, dar balinhas, perguntar se foram boazinhas, coisas assim. Fim do mês entra grana na tua mão.
- Não. Não tenho cara de Papai Noel.
- Mas vão te por cabelos e barba falsa. E o peso de Papai Noel vc tem, eheheh
- A grana é boa?
- É (disse o valor q meu amigo tinha comentado) e é na tranqüilidade. Só agradar criancinhas inocentes.

Ele topou, mas como sempre estragou tudo e o emprego durou um dia.

O Shopping estava todo decorado, tinha rena, anõezinhos de Papai Noel, tudo a volta dele lembrava o Natal.
Ele, ficava num trono sentado e uma fila enorme de crianças esperava a vez para falar. Só não previ que existem crianças e crianças. A maioria era gente boa, só queriam mesmo entregar a cartinha e levar uns docinhos. Massss.....
- Oi garoto, o q vc quer ganhar do Papai Noel? (o menino sentado ao lado dele).
- Vc não tem cara de Papai Noel. E essa barba é falsa. (puxou e descolou a barba).
- Ei, não faz isso!
O menino deu um chute na canela dele e saiu berrando:
- Mãeeeeeeeeee! Tem um Papai Noel falsificado aqui. Papai Noel do Paraguai!

Daniel agüentou. Disfarçou, recolocou a barba e continuou. Depois de um tempo:
- Oi menininha bonita!
- Vc é estranho Papai Noel.
- Porque minha linda?
- Pelo seu tamanho acho q é um anãozinho do Papai Noel disfarçado. (e puxou a barba dele). Manhêeeeeeeeeeeee! Um anãozinho do Papai Noel tá no lugar dele!

Daniel ainda se controlou. Estava no limite, mas recolocou a barba e continuou.
Tempo depois aconteceu a tragédia, foi a gota d’água para ele.

- Menininha linda o q vc quer ganhar do Papai Noel?
- Vc é Papai Noel de verdade? É muito gordo e baixinho.
- Sou sim criança (disse querendo matá-la) pede logo o q vc quer. (paciência no limite)
- Vc me dá o q eu te pedir?
- Claro! Vc trouxe a cartinha.
- Não. Em casa ninguém sabe escrever.
- Tá, então me diz.
- Eu quero ser "guerrilhela" que nem a ministra (na época) Dilma. Quero ganhar um fuzil AR15.

Ele estava explodindo, mas a menina deu o golpe final, arrancando a barba falsa dele:
- E quero essa barba para ficar que nem o Lula.

O Daniel começou a gritar, todo mundo ali parou. Ele estava fora de si.

- Prá mim chega! (Disse se levantando) Vc sua imbecilzinha, quer AR15?
 Vai lá na favela de onde veio q vai achar um monte! 
Quer barba do Lula? Pode ficar. É falsa como ele. 
E quem não gostou, Foda-se. 
Tô vazando. 
Ahhhhhhhh!!!!!!!!!! Noticia ruim: 
Não existe Papai Noel!
 Isso é só no governo federal. Vão lá pedir suas bolsas disso e daquilo e parem de me encher o saco.

Assim nesse momento político, acabou o emprego de Papai Noel do Daniel (até rima, eheh).
Culpa de quem? Dele claro.

Fato Acontecido.


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