Foi tudo Culpa do Daniel.
Capítulo: Papai Noel de
shopping.
(Essa história é real)
- Ae Dinho!
- Ae Daniel, blz?
- Não muito,
precisava de um bico prá ajudar nas despesas lá de casa. O emprego só não ta
dando.
- Nossa, mas agora
época de natal é fácil pq..... (PLIM! Sabia como ajudar!).
- Pq vc parou a
frase?
- Pq Daniel? Pq sei
como te ajudar. Tenho uma idéia!
- Não.
- Vc nem ouviu.
- Sei q não vai
prestar.
- Nada cara, essa é
boa! Espera ai, me deixa confirmar.
Liguei prá um amigo
meu da administração de um shopping em Campinas.
- Ae Sinésio, blz?
Já arranjou o cara q vc tava procurando?
- Não Dinho, ainda
não. Temos uns currículos aqui e estamos....
- Eu tenho o cara
(cortei). Pique os currículos. Vou te mandar o cara certo: o Daniel.
- Quem é essa porra
de Daniel?
- Confia véio. É o
cara perfeito para o emprego temporário.
- Então manda
amanhã de manhã.
Desliguei o celular
e o Daniel só tentando entender a ligação.
- Com quem vc
falou? Que emprego é esse?
- Daniel, teus
problemas estão resolvidos. Vc vai ser o Papai Noel do shopping.
- Nem fodendo.
- Para cara, só vai
ficar lá fantasiado, ninguém vai saber q vc é vc e teu trabalho é receber as
criancinhas, dar balinhas, perguntar se foram boazinhas, coisas assim. Fim do
mês entra grana na tua mão.
- Não. Não tenho
cara de Papai Noel.
- Mas vão te por
cabelos e barba falsa. E o peso de Papai Noel vc tem, eheheh
- A grana é boa?
- É (disse o valor
q meu amigo tinha comentado) e é na tranqüilidade. Só agradar criancinhas
inocentes.
Ele topou, mas como
sempre estragou tudo e o emprego durou um dia.
O Shopping estava
todo decorado, tinha rena, anõezinhos de Papai Noel, tudo a volta dele lembrava
o Natal.
Ele, ficava num
trono sentado e uma fila enorme de crianças esperava a vez para falar. Só não
previ que existem crianças e crianças. A maioria era gente boa, só queriam
mesmo entregar a cartinha e levar uns docinhos. Massss.....
- Oi garoto, o q vc quer
ganhar do Papai Noel? (o menino sentado ao lado dele).
- Vc não tem cara
de Papai Noel. E essa barba é falsa. (puxou e descolou a barba).
- Ei, não faz isso!
O menino deu um
chute na canela dele e saiu berrando:
- Mãeeeeeeeeee! Tem
um Papai Noel falsificado aqui. Papai Noel do Paraguai!
Daniel agüentou.
Disfarçou, recolocou a barba e continuou. Depois de um tempo:
- Oi menininha
bonita!
- Vc é estranho
Papai Noel.
- Porque minha
linda?
- Pelo seu tamanho
acho q é um anãozinho do Papai Noel disfarçado. (e puxou a barba dele).
Manhêeeeeeeeeeeee! Um anãozinho do Papai Noel tá no lugar dele!
Daniel ainda se
controlou. Estava no limite, mas recolocou a barba e continuou.
Tempo depois
aconteceu a tragédia, foi a gota d’água para ele.
- Menininha linda o
q vc quer ganhar do Papai Noel?
- Vc é Papai Noel
de verdade? É muito gordo e baixinho.
- Sou sim criança
(disse querendo matá-la) pede logo o q vc quer. (paciência no limite)
- Vc me dá o q eu
te pedir?
- Claro! Vc trouxe
a cartinha.
- Não. Em casa
ninguém sabe escrever.
- Tá, então me diz.
- Eu quero ser
"guerrilhela" que nem a ministra (na época) Dilma. Quero ganhar um
fuzil AR15.
Ele estava
explodindo, mas a menina deu o golpe final, arrancando a barba falsa dele:
- E quero essa
barba para ficar que nem o Lula.
O Daniel começou a
gritar, todo mundo ali parou. Ele estava fora de si.
- Prá mim chega!
(Disse se levantando) Vc sua imbecilzinha, quer AR15?
Vai lá na favela de onde
veio q vai achar um monte!
Quer barba do Lula? Pode ficar. É falsa como ele.
E
quem não gostou, Foda-se.
Tô vazando.
Ahhhhhhhh!!!!!!!!!! Noticia ruim:
Não
existe Papai Noel!
Isso é só no governo federal. Vão lá pedir suas bolsas
disso e daquilo e parem de me encher o saco.
Assim nesse momento
político, acabou o emprego de Papai Noel do Daniel (até rima, eheh).
Culpa de quem? Dele claro.
Fato Acontecido.