sábado, 13 de agosto de 2011

Perfeição

Hoje eu entendo,
Que um corpo pode sim
Ocupar dois lugares no espaço ao mesmo tempo,
Como a física quântica prova.


Entendi,
Que não existem retas paralelas,
Pois o paralelo absoluto
É impossivel.


Que não existem círculos perfeitos,
Pois circulos são elipses
Com os dois centros quase encostados,
Criando assim uma ilusão.


Não adianta tentar tornar paralelos
Os nossos caminhos,
Pois mais cêdo ou tarde 
Eles acabam se encontrando.


Não adianta acharmos que não estamos
Aqui e ai ao mesmo tempo,
Pois beirando a impossibilidade,
Isso vive acontecendo.


Percebendo assim,
A inexistência do absoluto,
Acabei podendo entender
Onde reside
Toda a essência e força do nosso amor.


Reside na imperfeição,
Desse todo quase perfeito.
Mas é na imperfeição
Que existe a ação.


O perfeito seria completo.
O perfeito se bastaria por sí,
Assim se existisse,
O perfeito seria estático.


O estático não se move,
Não cresce nem diminui.
Não há emocão,
Porque o estático é morto.


Nosso amor é vida!
É emoção,
É ação,
Na eterna busca pela perfeição.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Agora, mesmo que nunca

Esse agora quando estamos juntos,
Dura o beijo de uma abelha numa rosa na primavera,
O quebrar de uma onda  num rochedo no verão,
O farfalhar momentâneo de folhas soltas no outono,
O cair de um floco de neve no inverno.

Esse agora,
É tão intenso quanto a explosão de uma estrêla super nova,
Tão curto quanto o piscar de olhos ao vento,
Tão marcante quanto a imagem da Lua cheia,
E tão puro quanto um sorriso ao ver o Sol nascer.

Que seja agora,
Quando houver de ser,
Que seja agora,
Enquanto possa haver,
Mesmo que nunca.