sexta-feira, 28 de maio de 2010

SOL



Tem vezes,
Que olho nos teus olhos e percebo
Que você não me percebe,
Ou não me foca bem.

Eu te leio, e parece que você não me lê assim.
Aceito fatos.
Aceito argumentos.
Mas não aceito imposições.


Porque,
Fatos aceito,
Argumentos discuto,
Imposições eu rechaço.


Eu sou livre assim como você.
Não há o que se impor.
Sobre mim, abaixo de mim não há nada mais
Que o Universo.


Você como eu somos partículas infinitesimais disso tudo.
Teu direito acaba quando começa o meu e vice versa.
Minha dor não é tua dor,
Pois o que dói em cada um só pode ser mensurado por si mesmo.


Entenda meu amor,
Para quebrar toda essa corrente lógica e evolucionária,
Só um algo mais.
Algo que apenas nós humanos podemos:


Um abraço apertado sem intenção.
Um beijo carinhoso de dentro da alma.
Um sorriso quando tudo está desabando.
Uma aposta num porvir melhor.


Se meus olhos estão apagados agora,
Procuro por olhos que brilhem e me dêem luz.
Mais que egoísmo,
É sobrevivência pura.


Quando a gente anda por caminhos sombrios,
Procuramos  saídas e não barreiras.
Porque no fim meu amor,
Só nos restam as luzes que mantivemos.


Aquelas que sempre tentamos manter acesas,
Não por nós mas por elas.
Mas quando a tormenta vem,
Não há como não pensar:


Cadê minha luz?
Cadê meu Sol?
Não posso, não tenho o direito de exigir.
Mas onde está meu Sol?


Sol, onde está você?
Sol, não se perca de mim.
Mas se isso for inevitável,
Não se perca aos poucos, se apague de vez.

sábado, 22 de maio de 2010

Não se deixe perder

Quando te vejo assim,
Dificil para mim julgar,
Mas fácil sentir tua dor,
Pois ela dói também aqui.


Toda essa distância,
Todo esse abismo que nos separa,
Seja tempo, sejam kilometros,
Seja o que for.


Me faz pensar em você ai,
Sózinha,
E me dói te ver num canto,
Separada do mundo.


Tantas vezes quis mudar o espaço-tempo que Einstein definiu tão bem.
Quis voar pela física quântica, e estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Quis detonar tudo, seguindo a Teoria do Caos e parar para ver.
Quis me definir seguindo a lógica matemática dos fractais.


Mas no fim estou aqui.
Paralisado, pois como Newton dizia,
Para cada ação existe uma reação de intensidade igual.
Mas isso é física, ele não criou fórmulas sobre o espírito, sobre a mente.


O tempo passa sem eu perceber,
As coisas acontecem sem que perceba acontecer,
A chuva cai, o Sol brilha, a Lua se impõe,
Em mim.


Hoje nesse breve espaço do tempo,
Te vejo em apuros que não posso,
Odeio isso: Não posso resolver.
E te vejo tão frágil.


Você sofreu tanto minha amiga,
Não se perca agora.
Eu sei do teu poder.
Vem, vem para a vida!


Volta, vem, estamos aqui.
Imperfeitos, ridiculos as vezes, mas vem, somos os humanos que te amam.
Não se deixe perder.
Vem.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Onde termina o arco íris.

As vezes,
Coisas acontecem que desviam nosso norte.
Pode ser uma dor,
Uma palavra,uma atitude de alguém.


As vezes,
A gente se perde dentro de nós mesmos.
Nos achamos os últimos,
Por não termos chegado primeiro.


Nessas horas,
Precisamos respirar fundo.
Precisamos contar os segundos
Da nossa existência.


Nessas horas,
Precisamos recorrer à nossa história,
Precisamos perceber quem somos.
E somos demais, sabia?


Estamos vivos!
E agora,
Nesse momento,
Eu estou aqui pensando em você.


Quando alguém pensa na gente,
É sinal claro que somos mais q nada.
Porque ninguém pensa em nada.
O nada é zero, o zero se anula por sí.


Olha lá na frente!
O q vc vê?
É teu futuro!
Vc vai fazer? Faça porque ninguém fará por vc.


Nunca deixe,
A mágoa ou dor dos outros te derrubar.
Nunca permita,
Se minimizar por palavras ao vento.


Porque palavras,
são fáceis de se proferir.
Mas ação,
Fazer, ahhh isso é bem mais difícil.


Se vc não julga,
Não admita ser julgado.
Nós somos campeões,
Viemos de milhares de anos de genes malucos se transportando.


Nós somos os filhos de Deus!
Nós somos a essência desse planetinha.
Nós somos os únicos que podemos decidir
Ser ou deixar de ser.


Ei!
Olha prá frente!
O arco íris parece acabar no horizonte,
Mas ele não tem fim.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Avião


Depois que você foi embora,
teus pais  de mudança,
o carro indo pela rua na qual tanto brincávamos,
eu fiquei muito triste.
Na minha cabeça eu via aquela cena:
O carro indo e você me acenando pelo vidro de trás.
E ai... na distância... o carro e você sumiam...

Isso foi quando tinha dez anos e você onze.
mas lembra?
Nos conhecemos quando você tinha nove e eu oito.

Eu era aquele que não sabia jogar futebol, não brincava de trocar ou bater figurinhas, não andava em "trópinha".
Você era aquela menina linda que não se dava com ninguém, porque as meninas viviam te avacalhando,
tentando achar um defeito em você.
Éramos deslocados, e só podíamos mesmo nos encontrar.

Naquele dia eu estava com fome,
todo mundo comia na cantina da escola, mas eu nem pensava nisso.

Minha mãe costumava me dar um lanche de pão com doce de abóbora,
que eu detestava mas não tinha coragem de dizer.
No recreio, jogava fora e ficava sem comer.

Ai ao lado daquela árvore onde eu sempre ficava até o sinal soar, vi uma coisa que me abalou:
Um saquinho de salgadinhos inteirinho, fechadinho.
Não tinha dono, não tinha ninguém.

Esperei e nada.
Ele estava ali me chamando e abandonado.
Peguei, perguntei para algumas pessoas à volta mas ninguém sabia.
- Alguém esqueceu, diziam.
- E o que eu faço com isso? perguntava.
- Vai deixar estragar? Coma ou dê para nós, respondiam.
Como realmente não havia dono provável, resolvi (e estava louco pra isso) comer o petisco.
No meio da minha festa, apareceu você.
Faltavam cinco minutos para o sinal, lembra?
Me olhou e disse:
- Está gostoso?
- Tá, quer dividir comigo? Achei aqui e não tinha dono. Estava lacrado. Pode pegar.
E comemos juntos, até a hora do sinal quando você me disse:
- Adorei dividir meu salgadinho com você. Eu tinha esquecido aqui e ao voltar para buscar te encontrei com ele.
Foi muito legal.
Isso selou nossa amizade para sempre.

Dia após dia no recreio a gente  ficava a beira daquela árvore conversando.
Você até comia meu pão com doce de abóbora e dizia que era uma delicia
(sempre achei que mentia. Como alguém pode gostar de doce de abóbora?).

Dai eu em casa brincando com um aviãozinho de plástico que tinha acabado de ganhar,
num sábado, vem minha mãe e diz:
- Filho, sua amiga está de mudança.
O pai dela foi transferido às pressas para uma unidade da firma em outro estado, e estão indo embora hoje.
Isso era de manhã.
Nunca tinha ido a tua casa.
Não conhecia teus pais.
Fiquei de plantão na rua o dia todo, olhando o carro de vocês na garagem.
Até a hora que ele saiu.
Percebi claramente a dor que sentíamos juntos pela separação.
Mas éramos crianças. Não tínhamos peso na questão.
Vi o carro dos teus pais sumir na rua e você me dando tchau pelo vidro de trás.

Algum tempo passou e eu não acreditava. Mas era assim.
Como quando meu pai morreu e minha mãe disse que ele tinha ido para o céu.
Não entendia e o esperava todo dia no portão.
Até perceber que não viria mais.

Decidi que dessa vez ia ser diferente.
meu tio dizia que era legal  eu ter nascido no dia em que nasceu Santos Dumont e  também no dia em que o homem pisou pela primeira vez na Lua.
Eu sempre adorei aviões, então resolvi fazer o meu e ir te visitar, afinal, em uma semana seria teu aniversário.


Fui para o quintal,
Juntei um monte de cacarecos, caixas, coisas que encontrava, e comecei a construir.
Tinha um outro tio que morava na frente e consertava rádios.
Peguei umas válvulas queimadas que ele rindo me deu.

Juntei tudo,
planejei em papel,
montei e com papelão de caixas, madeira, hélice de ventilador de teto achado na rua,  válvulas queimadas, e peças de eletrodomésticos estragados fiz meu avião.
Era lindo!

Entrei dentro e fui te encontrar.
Só, que ele não saia do lugar.
Minha mãe olhava da cozinha e sorria.
Me trazia copos de suco de laranja, pois afinal trabalhadores tem que se alimentar.
Mas meu avião não voava.
Onde havia errado nos planos?

Teu aniversário era naquele dia.
- Filho vem dormir!
- Já vou mãe. Só mais um pouquinho!
- Tá, 20 minutos. Vou ver o final da novela e depois só amanhã.
Ela não entendia que não tinha amanhã.


Quando estava quase certo de que aquilo não sairia mesmo do quintal,
Luzes piscando como mil vaga-lumes circundaram meu avião.

Estranhei mas só me veio na cabeça dar a partida de novo.

Apertei o botão  de liga/desliga de um liquidificador velho e que não ligava nada a lugar nenhum, apenas espetado numa placa de madeira.
E ele lentamente, magicamente, se elevou no ar.
A nuvem brilhante continuava a me levar...
E eu subi.
Lá em cima percebi que faltou colocar combustível (nem tinha pensado nisso), e esses vaga-lumes eram a energia que me levava, eu aceitei e sequer pensei no que poderia ser aquilo.

Meu avião voou, me levando rumo à minha amiga.
Vi as luzes da cidade,
vi a Lua linda no céu,
Vi o mundo correndo abaixo de mim, numa beleza sem fim.
Queria pilotar, mas as luzes piscantes, os vaga-lumes, me levavam.

O controle era deles, me conduziam.
Não sabia por quais caminhos, mas sabia que voava.
Era o que importava.

Estava feliz!
meu avião voou.

Meu avião voava.
Ia rever minha amiga!
O que mais alguém poderia querer?

Então,
A velocidade diminuiu.
Numa curva o avião desceu e pousou, ao lado de um quintal.
Ali havia uma festa.
Churrasco e tudo mais.
Percebi que era a comemoração do teu aniversário.
Fiquei sem graça.
Piloto veterano, sai do avião e fiquei só olhando.
A nuvem brilhante que envolvia o avião parecia dizer: Vai!

Lá dentro, pessoas rindo, se divertindo... Quis voltar.
Não era meu lugar, pensei.
Pulei no avião mas ele não levantava voo.
Apertei o botão do liquidificador e nada.
Mexi numas válvulas e tudo ficava igual.
E a nuvem linda e estranha que brilhava incessante continuava em volta.



Então percebi algo que me estarreceu.
Você estava vindo, atravessou o jardim, abriu o portão e foi chegando.
Não pude ignorar um pouco da nuvem do meu combustível mágico farfalhando ao teu redor.
Você vinha então brilhante, e chegou sorrindo até mim.
Lembra?

- Meu piloto corajoso, sabia que viria!
e eu respondi atônito:
- Eu não. Só soube agora que estaria aqui.
Você sorriu, dizendo: Que bom que veio!
Tremendo, peguei uma coisa no meu bolso e te entregando disse:
- Esse é meu presente.

Você olhou aquela pena linda que achamos juntos e nunca soubemos de que ave era,
e que um dia você disse que seria minha,
e então novamente sorriu:
- Obrigado amigo! É o melhor presente que hoje recebi.
Tímido, sem ação, disse:
-Bom, tenho q ir. Meu combustível está acabando.
E você respondeu:
- Vai amigo. Vai mas nunca deixe de estar aqui.

Beijou meu rosto e continuou:
- Só saio daqui quando ver essa geringonça voar. Vai meu destemido piloto. Voe!
Num repente me voltei e beijei teu rosto dizendo:
- Eu vou, mas eu volto.
E você:
- eu sei.

Entrei no meu bólido voador, e antes de sair você  complementou:
- Mas melhora o avião, viu?
Rimos... enquanto apertava o botão do liquidificador e a nuvem brilhante me elevava aos céus.

Já no quintal de casa, nem um minuto depois minha mãe me chamou:
- Vamos amor! A novela acabou. Trato é trato.
E fui dormir.
Acordando para a realidade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sol e Sombra

Quando o tempo das Sombras chegou,
Confesso,
Não entendi bem.


De tanta luz que sempre houve...
Assim, de repente...
Tudo escureceu.


Parecia um eclipse na minha vida.
Não contava com isso.
Não esperava.


Mas veio.
E veio forte.
Veio para tentar anular toda a Luz que pudesse ainda haver.


Fiquei perdido no escuro.
Não sabia me orientar.
Não sabia que rumo tomar.


Então parei.
Pensei:
O Sol há de voltar!


Mas correr no escuro é loucura.
Enfrentar o que você não vê é suicídio.
Entrei em hibernação.


Quando a Luz voltasse, se voltasse,
Aqueceria meu corpo,
Dai  então eu acordaria.


Muito tempo passou.
Mas eu estava desligado,
Não percebi.


Um dia...
Tempos depois,
O calor começou a me despertar.


Era a Luz! Era o Sol!
Brilhando de novo.
E eu abri os olhos.


Hoje,
Sei que o mundo não é feito apenas de Luz.
As Sombras estão ai.


Sobrevivi,
E sobrevivendo vejo o mundo,
Numa ótica diferente.


Se eu gritei por um simples raio de luz,
Hoje sou ofuscado por eles.
Porque não desisti.


Não desista de você!
Se tiver que morrer,
Morra tentando!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

macro e micro


Eu vejo o Sol, percebo os planetas girando ao redor.
Eu olho os átomos, e é tudo igual.
Coisa girando sobre coisa.
Coisas atraindo coisas,

Eu olho a via Láctea, e tudo se repete,
Nessa espiral sem fim.
É a cobra mordendo o próprio rabo,
É um círculo,
Tudo vai e tudo vem.
O começo é o inicio do fim.


Nosso curso não tem chegada.
Não temos poder de decisão sobre isso.
Não somos marionetes, não somos fantoches,
Mas estamos inseridos nesse curso circular da vida.

Nem nós conseguimos quebrar a corrente,
Que nos une.
Nós estamos presos ao simples fato,
De que não temos controle sobre o tempo.
De que não temos controle sobre situações que transcendem a nós dois.

Somos um ponto meu amor.
Apenas um ponto em tudo isso.
Nossa dor por mais que doa,
Não é nada frente as nebulosas que formam as galáxias,
Frente a vida,
Que nos deixa morrer um pouco mais
a cada dia de nossa existência.

Porém,
Temos uma coisinha a mais que os átomos,
Que elétrons girando sobre prótons,
Que planetas girando sobre Sóis.
Temos espírito.
Somos subjulgados às leis da física,
Mas percebemos.

Perceber é a questão.
Não que adiante muita coisa.
Aqui na Terra somos os q percebem.
Isso é máximo da evolução nesse planeta,
Isso é Darwin,
Isso é Deus.

Isso amor,
somos nós.

sábado, 8 de maio de 2010

Sonhos






Naquele dia, 
A distancia entre nós doía especialmente mais.

Nem sei por que, mas sentia teu cheiro, 
Sentia teu toque, 
Sentia teu respirar nos meus ouvidos, 
E sentia sem ter.

Sabia, 
Eram apenas sensações, 
E sensação não se pega, não se beija e não se aperta.

Pensei em ser um cientista maluco,
Inventar uma máquina de tele-transporte para me levar onde quisesse,
Na fração do milésimo do segundo.

Dormi finalmente...
Sozinho,
No meu canto.

Um som...
uma música estranha...
Um cheiro de flores..
Tênues luzes azuis sem que meus olhos estivessem abertos.
Queria acordar mas estava dormindo.

Difícil explicar.
Olhei para baixo,
Meu corpo estava lá deitado.
Mas eu me vi livre dele.

Podia voar.
E voei até você.
Olhei teu corpo dormindo,
De bruços.
Toquei tua pele e senti teu calor.

Bem devagar,
Beijei teus lábios,
E o que vi me surpreendeu.
Você saiu do teu corpo,
E veio a mim.

Lá embaixo estava você física, dormindo.
Mas aqui estávamos nós,
Indescritível cena.
Eu e você sobre nossos corpos que dormiam.

Nos teus olhos, enxerguei a aventura humana na terra.
Nos teus lábios ví a odisséia do Universo.
Estava tão claro.
Teu sorriso ao me ver chegar disse tudo.
Porque nada havia para se dizer.

Peguei tua mão e voamos,
Por planícies sem fim,
Por mundos afins,
Voamos.
Voamos sem rumo.
Voamos por voar.
Voamos por sóis estranhos e galáxias perdidas.

Olha amor! A noite aqui tem 3 luas!
Olha amor, lá em cima o céu é diferente.
cadê o cruzeiro do Sul?
Porque a areia do mar é azul?
Porque a água tem cor de sangue?

Nesse vôo nos amamos em mundos distantes,
Nos perdemos, rindo, sem pressa,  até o Big Bang.
Após isso não poderíamos.
Era espaço restrito de Deus.

Mas voltamos felizes,
Voltamos sabendo,
Aquilo do qual rirão de nós.
Mas a pergunta é simples:
Ei! Onde estava a matéria condensada que explodiu e gerou o big bang?

Voltando na viagem,
Vimos nebulosas, que eram galáxias vistas de muito longe.
Mais perto vimos galáxias onde nem se podia perceber a nossa.
Mais perto ainda, vimos uma espiral conhecida.
Era a Via Láctea.
E depois.... muito depois...
Talvez orientados por um GPS divino,
Vimos uma estrela amarela.
Chamada Sol.

Continuando a jornada chegamos num planetinha,
Chamado Terra.
Ei amor? Tava bom lá. Quero voltar.para trás.
Mas não dava, a passagem estava marcada.
Terra... Brasil.

Ví teu corpo dormindo.
Olhei para você e sabia que era despedida.
Lágrimas correram de teus olhos etéreos.
Um som brusco e grave destoou a cena.
Você sumiu de mim.
estava de volta no teu corpo.

Algo me puxava..
Não queria ir..
Mas me puxava..
De novo o som.
E estava de volta aqui.

Acordei.
Pensei: q sonho louco.
Quando você me contou a mesma coisa,
Entendi tudo.
Estivemos juntos.
Não sei por quê.
Não sei para que.
Mas estivemos lá.